segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

E na aula de Políticas Educacionais e Organização Escolar II...


Comentários sobre as leis e os seminários:

O incrível dessas leis é que ao lê-las, passa por nossas cabeças "nossa, que estranho, elas realmente não são aplicadas, e acredito que a maioria das pessoas nem sabem que estas leis existem". A realidade na educação no Brasil é o reflexo do próprio país, tem má distribuição de renda entre as pessoas, e conseqüentemente, entre as escolas, o que faz com que tenha leis que obriguem ter unificação no ensino. Unificação? Como? Se as escolas em São Paulo têm mais verbas que as escolas do sertão de Pernambuco, por exemplo? Para que a realidade na educação brasileira mude, é necessário mesmo haver uma igualdade de oportunidade para todas as escolas, então conseguiríamos ter um "padrão" de ensino (não gosto de falar em padrão porque não somos números, nem máquinas, então, podemos falar em igualdade de oportunidades, o que é diferente de dizer que somos iguais, porque tiraria a individualidade das pessoas).
A questão da obrigatoriedade dos ensinos de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio são interessantes, porém isso deveria ser natural e gradativo desde o ensino básico, pois foi da filosofia que foram surgindo as outras áreas do conhecimento que temos hoje, e a sociologia que estuda a sociedade em que vivemos. Essas matérias, como também a Arte, a História e a Geopolítica que fazem os alunos a refletir o mundo em que vivem isso deveria ser de berço. Deveria ser natural também o ensino sobre a história da África, a cultura africana e as influências em nossa língua e cultura, pois foram muitos anos de influência africana no Brasil.
Agora o ensino de História e Cultura africana e afro brasileira é obrigatório, o que cabe aos professores integrar o conteúdo em seu plano de ensino o mais natural possível, o que já deveria ter sido feito desde sempre.
O “integrar” não é apenas colocar como conteúdo, é criar formas interessantes e dinâmicas para passar os conteúdos, utilizando a tal interdisciplinaridade que tanto falam na lei, para quebrar com as aulas giz e lousa, fazendo com que os alunos interessem-se pelo conteúdo , os instigando , provocando mesmo para que realmente aprendam.